Na criptografia simétrica, a mesma chave é utilizada tanto para cifrar quanto para decifrar a informação. É mais rápida, porém apresenta o desafio de compartilhamento seguro da chave entre as partes. Exemplos incluem os algoritmos AES e DES.Já na criptografia assimétrica, trabalhamos com pares de chaves: uma pública (que pode ser amplamente compartilhada) e outra privada (que deve ser mantida em sigilo). O que é criptografado com uma chave só pode ser descriptografado com a outra do par. O RSA é o algoritmo mais conhecido desse modelo.A certificação digital utiliza-se da criptografia assimétrica para garantir autenticidade, integridade e não-repúdio de documentos. No Brasil, o sistema ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira) estabelece uma cadeia hierárquica de confiança, tendo o ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação) como autoridade certificadora raiz.
Do ponto de vista jurídico, existem questões relevantes:Quanto à legalidade, o uso de VPNs é perfeitamente legal no Brasil, diferentemente de países como China, Rússia e Emirados Árabes, onde existem restrições severas. No entanto, algumas jurisdições exigem que provedores de serviços VPN mantenham registros de logs de conexão por determinado período.No Brasil, o Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) estabelece em seu artigo 13 a obrigação de guarda de registros de conexão pelo prazo de 1 ano. Há uma discussão se essa obrigação se estenderia a provedores de VPN. A interpretação predominante é que sim, embora muitos provedores internacionais argumentem não estar sujeitos à jurisdição brasileira.Em termos de compliance corporativo, o uso de VPNs pode gerar conflitos com políticas internas. Por exemplo, funcionários utilizando VPNs não autorizadas podem contornar controles de segurança da informação, violando políticas corporativas e potencialmente gerando responsabilidade para a empresa.
Os desafios de rastreamento e coleta de provas são significativos:
A criptografia de ponta a ponta dificulta a interceptação de comunicações
A volatilidade dos serviços (sites que aparecem e desaparecem rapidamente)
Jurisdições múltiplas e conflitantes
Uso de criptomoedas para transações anônimas
Recomenda-se a realização de due diligence jurídica antes da contratação de serviços em nuvem, avaliando:
Certificações de segurança (ISO 27001, SOC 2, etc.)
Localização dos servidores e fluxo internacional de dados
Políticas de backup e recuperação de desastres
Procedimentos em caso de notificação de incidenteQuanto à transferência internacional de dados, a LGPD estabelece em seu artigo 33 as hipóteses em que esta é permitida, incluindo:
Países com nível adequado de proteção
Mediante garantias específicas, como cláusulas-padrão contratuais
Quando o titular consentiu especificamente
Para execução de contrato ou procedimentos preliminares