Um dos riscos mais significativos reside na redução extrema da complexidade. O Direito opera sobre um sistema normativo vasto e interconectado, frequentemente marcado por ambiguidades e, por vezes, até contradições, que precisa ser aplicado a situações factuais inerentemente multifacetadas e muitas vezes incertas. Uma abordagem puramente linear força essa realidade densa a caber em um caminho único (se A, então B, se B, então C), inevitavelmente ignorando a rica teia de exceções, nuanças, princípios em tensão e possíveis enquadramentos legais alternativos que são a essência da prática jurídica. O resultado é uma compreensão superficial e perigosamente incompleta do problema em questão.